Orquídea fantasma e tricóptero vistos no Reino Unido e rã desaparecida surge na Austrália
A orquídea fantasma (Dendrophylax lindenii), um pequeno insecto voador (tricóptero) e um anfíbio (Litoria raniformis) foram dados como desaparecidos no Reino Unido e na Austrália e, agora, apareceram novamente para deleito dos conservacionistas.
Segundo os especialistas, a actividade do ser humano conduz mais rapidamente à extinção do que a capacidade que as espécies têm de evoluir. A rara orquídea foi declarada extinta no Reino Unido no ano anterior e o pequeno insecto voador que já não se via há mais de um século foi encontrado na Escócia.
A rã, considerada possivelmente extinta pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN – International Union for the Conservation of Nature), foi vista num riacho, na Austrália. Simon Stuart, especialista e um dos responsáveis pela IUCN na Comissão da Sobrevivência de Espécies, declarou estes três espécimes estavam em perigo de extinção ou extintos e voltaram a ser vistos recentemente. Entretanto, outros animais e plantas foram acrescentados à lista.
Pequeno insecto tricóptero
No entanto, as espécies redescobertas serão seguidas de perto, tendo em conta que foram encontradas num número bastante reduzido. Por exemplo, apenas foi avistada uma orquídea fantasma e tinha cinco centímetros, segundo os botânicos que confirmaram a sua existência.
O pequeno insecto tricóptero foi visto por um estudante de doutoramento ao lado de um rio, no Noroeste da Escócia, de acordo com a Buglife – uma instituição ligada à conservação – pode sugerir a influência das alterações climáticas na condução de espécies fora do seu habitat tradicional, visto que algumas plantas e animais serão capazes de se adaptar melhor do que outros.
Simon Stuart explica que a “lista de possíveis extinções” tem o objectivo de “poder incluir e excluir diferentes espécies”. Contudo, o investigador adianta que se “acrescentam mais nomes à lista do que aqueles que se retiram”.
Regras apertadas
A rã Litoria raniformis
Agora, o IUCN definiu regras mais estritas antes de declarar a extinção de uma determinada planta ou animal – estes terão de ser activamente procurados por uma equipa de especialistas em campo. Por exemplo, em 2008, uma organização suíça teve de mover o nome de uma rã (Craugastor milesi) da lista de espécies extintas para as páginas de animais em perigo, após ter sido encontrado um único anfíbio daquele tipo nas Honduras.
Entre várias razões, uma das quais os conservacionistas não gostam de declarar a extinção de uma determinada espécie é pelo facto de não poderem continuar a receber dinheiro para a investigação e preservação do seu habitat. Entretanto, os locais da orquídea e da rã australiana são mantidos em segredo para protegê-los, mas uma Litoria raniformis e um girino tiveram de ser levados para zoológico Taronga, em Sydney para um programa de reprodução em cativeiro.
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