quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Andorinhas-do-mar-árcticas br são os animais que mais quilómetros percorrem



Do Pólo Norte ao Pólo Sul, e no regresso, fazem percurso inesperado de 71 mil quilómetros por ano
2010-01-12


Está provado que as andorinhas-do-mar-árcticas (Sterna paradisaea) são os animais que percorrem uma maior distância ao longo da sua vida. Nas suas migrações anuais viajam desde o Pólo Norte ao Pólo Sul e regressam ao ponto de partida. Percorrem ao todo 71 mil quilómetros por ano.


Como cada andorinha vive até aos 34 anos, as migrações somam 2,4 milhões de quilómetros por indivíduo. Equivalente a ir e voltar três vezes à Lua ou a dar 60 voltas à Terra. O estudo foi levado a cabo por investigadores do British Antartic Survey (Observatório Antárctico Britânico) e publicado no «Proceedings of the National Academy of Sciences» (PNAS).

Todos os anos, esta pequena ave migratória, com apenas 100 gramas, parte da Gronelândia e termina a sua viagem no Mar de Weddell, no oceano antárctico.

No entanto, estas aves não viajam directamente para o sul. Passam um mês em alto mar, no Oceano Atlântico (a mil quilómetros a norte dos Açores). Depois desta paragem, continuam a viagem pela costa noroeste de África.

Chegando a Cabo Verde, o comportamento das andorinhas volta a surpreender. Metade do bando prossegue a sua viagem pela costa africana enquanto a outra cruza o oceano para seguir uma rota paralela pela costa este da América do Sul.

No seu regresso à Gronelândia, não optam pelo caminho mais curto. Voam em «S» pelo Atlântico, percorrendo muitos mais milhares de quilómetros do que se fossem em linha recta.


Andorinhas-do-mar-árcticas (foto: Carsten Egevang)
Carsten Egevang, do Instituto de Recursos Naturais da Gronelândia, e um dos autores do estudo, considera que se ficou agora a conhecer em pormenor os comportamentos migratórios destas aves ao longo de um ano. O seu comportamento está relacionado com as características físicas e biológicas que afectam as suas rotas.

A paragem de um mês a meio do Atlântico acontece devido à produtividade das águas. As aves armazenam assim alimento suficiente para conseguirem fazer o resto do caminho por águas menos produtivas.

Os pequenos geolocalizadores utilizados para seguir a rotas das aves pesavam de 1,4 gramas e foram presos às patas de 11 exemplares. Os dados foram recolhidos e estudados quando as aves foram apanhadas no regresso ao seu local de procriação no Árctico.

Foi o British Antartic Survey, com investigadores da Gronelândia, Dinamarca, Estados Unidos e Islândia que desenvolveu estes aparelhos que poderão também monitorizar aves de maiores dimensões.

2 comentários:

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