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sexta-feira, 12 de setembro de 2008
HISTÓRIA DO DIA nº2 O sonho do Pompom (VER MAIS EM www.historiadodia.pt)
O gato sonha? Decerto que sim. Se muito dorme, enrolado no fofo de si próprio, muito sonhará também.
A sonhar, percorre-o um arrepio que lhe eriça o pelo e os bigodes. Funga. Despontam as unhas das almofadas das patas, que estremecem. E por trás das pálpebras descidas, os olhos rolam, intranquilos.
Com que sonhará o gato preferido da Dona Micas?
Devagarinho, entremos no sonho do Pompom. Com licença, que não queremos incomodar.
Que balbúrdia! A guerra entre gatos vadios e gatos de casa posta e cestinho com cobertor e miminhos doces depois das refeições, a grande guerra dos gatos está no auge.
Com que sonhará o gato preferido da Dona Micas?
Devagarinho, entremos no sonho do Pompom. Com licença, que não queremos incomodar.
Que balbúrdia! A guerra entre gatos vadios e gatos de casa posta e cestinho com cobertor e miminhos doces depois das refeições, a grande guerra dos gatos está no auge.
- Vitória! Vitória! - cantam os gordalhufos gatos de colo, vendo debandar os inimigos.
Logo ali improvisam uma dança de roda que até a Lua se debruça donde está pendurada e pede às nuvens que passem mais depressa, pois não quer perder pitada da festa dos gatos, no telhado da Dona Micas.
- Pompom - chama a Dona Micas, numa voz de ternura.
- É a tua dona - lembram-lhe os outros gatos, provavelmente com inveja.
O nosso Pompom interrompe o baile dos guerreiros e infiltra-se por uma nesga da clarabóia.
- Pompom - volta a chamar a Dona Micas, cada vez mais ternurenta.
"É petisco", imagina o gato, guloso até mais não.
E acorda. Está onde sempre está e esteve, no conforto do sofá. A sério, a sério, o Pompom nunca pisou outro chão senão o de tapetes e alcatifas. Saltar para o telhado? Só em sonhos.
- Pompom, meu Pompomzinho - chama a Dona Micas, da cozinha.
O gato gordo espreguiça-se para trás e para a frente, deixa-se cair do sofá e lá vai, no seu andar reboludo e enfadado, acudir ao chamamento da Dona Micas.
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